Moradores seguem fora de casa quase dois anos após evacuação de prédio com danos estruturais no litoral de SP

  • 15/12/2025
(Foto: Reprodução)
Moradores de prédio evacuado às pressas em Praia Grande ainda não voltaram para casa Os moradores que foram evacuados às pressas de um prédio que apresentou danos estruturais em Praia Grande, no litoral de São Paulo, seguem fora do condomínio após quase dois anos de obras de recuperação. Parte dos proprietários dos imóveis ficou hospedada em colônias de férias, enquanto outros passaram a viver de aluguel custeado pela construtora. Em nota, a Construtora JR informou que está se esforçando para que os moradores voltem aos apartamentos em segurança e já gastou aproximadamente R$ 20 milhões nas obras de reforço estrutural, despesas de locação e auxílio aos moradores (confira o posicionamento mais abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O Condomínio Giovaninna Sarane Galavotti, de 23 andares e 133 apartamentos, fica na Avenida Jorge Hagge, no bairro Aviação. O prédio foi esvaziado no dia 13 de fevereiro de 2024 em decorrência de danos estruturais em três colunas (veja abaixo). Desde então, centenas de pessoas estão vivendo longe de casa. Prédio é evacuado às pressas após danos estruturais e 'risco de queda' no litoral de SP A pedagoga Raquel Miralhas revelou ter investido todas as suas economias na compra do primeiro apartamento no condomínio, ainda em 2019. “Tudo que eu tinha, todo suor, todo sacrifício, nós colocamos tudo aí. Então hoje vendo ele [prédio] do jeito que está e a gente não poder entrar é triste”, lamentou Raquel, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo. O Condomínio Giovaninna Sarane Galavotti está em obras há quase dois anos, em Praia Grande (SP) Leandro Guedes/TV Tribuna O jornalista Pedro Henrique Oliveira, por sua vez, disse que vive na incerteza de quando retornará, pois a empresa já deu diversos prazos diferentes para a volta dos moradores, desde agosto de 2024. “Chegamos a dezembro de 2025 e agora recebemos uma proposta de cronograma de que seria um retorno em 2026, no primeiro trimestre. Só que nós não temos mais clareza de quando é essa data”, disse Oliveira. Leia também DENÚNCIA: Mulher ameaçada com líquido inflamável pelo ex-marido diz ter sido violentada por 16 anos IMPRESSIONANTE: Vídeo registra navio de cruzeiros ‘saindo’ de prédio no litoral de SP EXPECTATIVA: Leilão do maior terminal de contêineres do Brasil deve elevar Porto de Santos em ranking mundial Raquel Miralhas e Pedro Henrique Oliveira são moradores do Condomínio Giovaninna Sarane Galavotti Leandro Guedes/TV Tribuna Problemas Os moradores também denunciaram as condições em que os móveis e itens deixados dentro dos apartamentos estão sendo cuidados pelas equipes que precisam entrar nas unidades para reforçar as colunas. “Meus tapetes estão jogados no chão ainda com pó de construção. Meu sofá branco está todo embolorado, preto. Não tem cuidado nenhum, nenhum. Televisão quebrada. Então, muita falta de cuidado”, lamentou a dona de casa Karina Zerbinatti. Alguns moradores que estão tendo os aluguéis em outros imóveis custeados pela construtora relataram também problemas com atrasos no pagamento. “Está atrasado cinco meses. Assim que a gente saiu e foi para o apartamento, eles deram ajuda de custo, pagavam tudo, água, luz, internet. Aí, de repente, pararam tudo”, afirmou a aposentada Lucia de Lima Silveira. Condomínio Giovaninna Sarane Galavotti está em obras há quase dois anos em Praia Grande Leandro Guedes/TV Tribuna Posicionamento Em nota enviada à TV Tribuna, a Construtora JR enfatizou que está empenhando todos os esforços para que os moradores retornem aos apartamentos em segurança no início de 2026 e que, desde o incidente, já investiu cerca de R$ 20 milhões com auxílios e as obras. "Mesmo sem a devida comprovação sobre as causas, pois foi identificado que várias unidades realizaram alterações estruturais ao longo dos anos, sem qualquer rigor técnico e, principalmente, a emissão ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), a Construtora optou pela execução dos serviços e tem a intenção de [que sejam] concluídos”, acrescentou. A JR disse ainda que está atuando em conformidade com as orientações técnicas para se assegurar que os reforços sugeridos garantirão a rigidez da estrutura e permitirão que todas as unidades voltem a oferecer segurança dentro dos padrões de engenharia. “Esclarece-se, ainda, que as etapas e os prazos de execução dependem necessariamente da apresentação dos projetos, de modo que tudo o que está ao alcance da Construtora vem sendo providenciado”, complementou a construtora. Sobre as denúncias de deterioração de bens, a empresa informou que os moradores tiveram diversas oportunidades de entrar nos apartamentos e retirar os pertences. “As unidades encontram-se em etapas avançadas de acabamento, sendo esperado que os moradores possam retornar aos seus apartamentos nos primeiros meses do próximo ano”, enfatizou. Segundo a construtora JR, toda a parte estrutural foi concluída e o trabalho de acabamento, reposição de pisos, forro de gesso e pintura está na fase final. Por isso, algumas famílias poderão retornar às unidades a partir de março de 2026. De acordo com a empresa, durante a execução da obra surgiram “novas demandas”. Por isso, foi necessário fazer a revisão dos projetos. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/12/15/moradores-seguem-fora-de-casa-quase-dois-anos-apos-evacuacao-de-predio-com-danos-estruturais-no-litoral-de-sp.ghtml


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