Foragido do PCC vira peça-chave em esquema bilionário de combustíveis

  • 06/09/2025
A força-tarefa que investiga a atuação do PCC descobriu mais um elo do crime com a lavagem de dinheiro em postos de gasolina A força-tarefa que investiga a atuação do PCC descobriu mais um elo do crime com a lavagem de dinheiro em postos de gasolina. O chefe do esquema no paraná assumiu uma distribuidora de combustíveis quando cumpria pena no regime semi-aberto. Daniel Dias Lopes é apontado pela investigação como um dos principais elos entre o PCC e o setor de combustíveis. Para entender como ele se tornou peça-chave do esquema no Paraná, é preciso voltar a 2014. Naquele ano, Daniel foi preso em flagrante com uma tonelada de um produto químico que traficantes de droga misturam à cocaína. Condenado a nove anos de prisão, Daniel cumpriu pena em regime fechado até 2017, em São Paulo e no Paraná. Em 2019, quando estava em regime semi-aberto, Daniel Dias Lopes se tornou procurador da Duvale, uma distribuidora de combustíveis com sede em Jardinópolis, no interior de São Paulo. Um ano depois, segundo a investigação, Daniel tinha um rendimento declarado de R$ 12 mil. Em três anos, ele já era um milionário, segundo os investigadores. Em 2023, Daniel declarou ter recebido quase R$ 3 milhões (R$ 2.889.174,89) só da Duvale. A partir daí, ele passou a ostentar uma vida de luxo. Daniel fugiu antes de a Polícia Federal chegar na casa dele, na megaoperação da semana passada. Um policial fala: tarde demais. A força-tarefa atribui a guinada multimilionária de Daniel à relação dele com o PCC e outros grupos criminosos quando ele esteve preso em São Paulo, e no Paraná. Os investigadores afirmam que Daniel era sócio oculto da Duvale junto com Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva, o Beto Louco. Os dois são suspeitos de controlar a cadeia de produção criminosa de combustível em São Paulo (SP). "A comercialização aqui nos postos era realizada através de laranjas, mas a administração de fato de todos esses postos eram pessoas chamadas de diretoria, de fato, situada em Curitiba e em São Paulo", revela Rivaldo Venâncio, superintendente da Polícia Federal no Paraná. Segundo os investigadores, o grupo criminoso devolvia 95% do dinheiro lavado para o PCC. E investia os 5% restantes na compra e venda de mais combustíveis adulterados e na fraude de bombas. Segundo os documentos apreendidos, com isso, o bando conseguia multiplicar os valores investidos em até seis vezes. A mulher de Daniel, Miriam Favero Lopes, também aparece como sócia de empresas ligadas ao esquema. Ela e o marido estão na lista de procurados da Interpol. Papéis apreendidos pela Polícia Federal mostram que Daniel usava o codinome "Sr Obama". E que ficava com 10% do dinheiro arrecadado da distribuidora Duvale. A defesa de Daniel Dias Lopes e Míriam Fávero lopes disse que eles repudiam as acusações de que têm relação com o tráfico de drogas. O advogado de Roberto Augusto, o Beto Louco, afirmou que ele jamais participou de organização criminosa. A defesa de Mohamed Mourad disse que não existe indício de ligação do cliente com o tráfico e que as empresas dele atuam licitamente. Nós não conseguimos contato com a empresa Duvale.

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/09/06/foragido-do-pcc-vira-peca-chave-em-esquema-bilionario-de-combustiveis.ghtml


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