Alunos de escola pública na sede da COP 30 usam a arte para refletir sobre mudanças climáticas
17/05/2025
(Foto: Reprodução) Em Belém, alunos da escola Amilcar Alves transformaram materiais recicláveis em arte e pintaram o muro da escola a partir de conceitos de preservação ambiental. Alunos de escola pública em Belém falam de atividades sobre mudanças climáticas
Uma escola pública de tempo integral em Belém foi palco de uma intensa programação com atividades sobre as mudanças climáticas. Com foco na 30ª Conferência Mundial sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, os estudantes da escola puderam falar sobre coleta irregular de lixo e os alagamentos transformando materiais recicláveis em arte e ideias em pinturas no muro da escola.
Nos dias 12 e 13 de maio, o Pororoka, coletivo de midiativismo e artivismo de Belém, realizou uma série de ações socioeducativas em parceria com professores da escola estadual Amilcar Alves Tupiassú, com rodas de conversa e outras atividades.
Os alunos também puderam compartilhar como enxergam as mudanças do clima no dia a dia, além de problemas no bairro da Cremação, onde fica a escola, como o descarte de lixo irregular e as inundações em período de chuva.
Eles também participaram de oficinas de arte a partir de materiais recicláveis, como garrafas, embalagens de plástico e tampinhas; e também de oficinas de muralismo sobre conceitos ambientais. O muro da escola foi pintado.
Toda a programação foi pela artivista Lenu, artista visual e integrante do Coletivo Pororoka, em parceria com as professoras Rosilene Ferreira e Elizabeth Ribeiro, da escola Amílcar Alves.
Para ela, "a arte é um canal de comunicação muito potente e, por vezes, subestimado. Você aprende a ler o mundo e a desenvolver senso crítico, além de estimular a resolução de problemas usando a criatividade. No caso da arte coletiva, fortalece o senso de comunidade".
Sobre o projeto
A iniciativa faz parte do “Circuito de Vivências Artivistas pelo Clima”, projeto desenvolvido pelo Coletivo Pororoka que busca sensibilizar e mobilizar a população sobre a crise climática e seus efeitos no dia a dia das periferias de grandes centros urbanos e de comunidades impactadas por grandes projetos.
Depois das oficinas e rodas de conversa, os participantes constroem memoriais visuais comunitários, que funcionam como instalações artísticas permanentes, servindo como uma memória do encontro e intervenção na vida cotidiana.
O Circuito de Vivências já passou pelo Colégio Antônio Lemos, no município de Santa Izabel (PA). Lá, os alunos pintaram um mural de 67 metros com as próprias mãos, retratando vivências no município, sua relação com o campo e o desejo por um futuro de oportunidades.
Na comunidade do Acuí, em Barcarena (PA), os moradores construíram um museu com intervenções artísticas que preservam a história da comunidade, cuja existência é ameaçada pela atividade industrial, principalmente mineradora, no município.
Veja fotos das artes criadas pelos alunos da escola Amílcar Tavares:
Estudantes pintam muro de escola pública com mensagens sobre as mudanças climáticas.
Divulgação / Coletivo Pororoka
Estudantes da escola Amílcar Alves Tupiassú transformam ideias em arte no muro.
Divulgação / Coletivo Pororoka
Estudantes participaram de ações sobre as mudanças climáticas.
Divulgação / Coletivo Pororoka
Fachada da escola é pintada durante ações sobre mudanças climáticas com alunos.
Divulgação / Coletivo Pororoka
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